CARTA DO SERTÃO 07-02

Riobaldo, personagem com o qual Guimarães Rosa representa a condição humana do povo sertanejo, diz, no Grande Sertão: Veredas, que “o sertão está por toda parte”, bem como que “o sertão é dentro da gente”. Trata-se de uma geografia movente, de uma extensão onipresente, mas também de uma intensidade interior. Assim concebemos e conduzimos o nosso Instituto Daghobé, com o compromisso de lidar sempre com uma perspectiva ampla, inclusiva, de sertão.

Compreendemos que o sertão não se restringe a uma geografia física, ao Norte de Minas ou ao Nordeste do país. Nossa ideia de sertão é riobaldiana: “o sertão é o mundo”. Por isso nossas propostas de projetos e respectivas ações levam em conta simultaneamente os níveis macro e micro, global e local, questões gerais e específicas, de modo a romper com dualidades, dicotomias, inférteis.

A questão geral neste momento que tomamos como parâmetro para atuação é a Pandemia provocada pelo Coronavirus. Trata-se de uma crise que agudiza terrivelmente uma realidade social há muito tida e havida como das mais catastróficas do mundo. Contingentes enormes de moradores do campo e da cidade estão hiperfragilizados por problemas vinculados direta ou indiretamente à Pandemia: desemprego, abandono, psicoses, miséria, morte civil etc.

Estamos diante de um sofrimento social sem precedentes que só pode ser devidamente enfrentado com ações de caráter humanitário, que visem resgatar vidas e lhes garantir condições de sustentabilidade. Medidas econômicas implementadas por Governos são necessárias, mas ações humanitárias conduzidas pelo terceiro setor são fundamentais, sobretudo em razão das tão conhecidas dificuldades que ações governamentais têm de chegar à base da pirâmide social num país de proporções continentais.

Nosso Instituto mantém hasteada a bandeira do humano há 12 anos aqui no grande sertão rosiano. Termos sonhos, ideais, propostas, projetos viáveis para a promoção do desenvolvimento humano, sem o qual não se pode sequer cogitar em desenvolvimento sustentável, em desenvolvimento econômico, em desenvolvimento social. Nosso capital é estruturante de quaisquer capitais: a humanidade. Junte-se a nós. Precisamos da sua companhia. Conheça nossas propostas de projeto sócio-humanitario no Menu acima. Filie-se ao Instituto e ocupe seu lugar no Instituto. Veja abaixo em Como contribuir. Doe o que puder doar. Não nos esqueçamos: somos irmãos de uma mesma família humana que devem ser um pelo outro, irmãos dagobé. Deus esteja!

 

Prof. Anelito de Oliveira

Presidente do Instituto de Desenvolvimento Humano Daghobé

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